Sexta-feira em companhia de minha irmã fui assistir ao filme Twilight, ou seja, Crepúsculo. Um filme super esperado, mas não pensei que tanto... Ao chegar a alguns metros de distância da praça de alimentação, avisto uma multidão em fila. Tentei lembrar o que seria que estava reunindo tanta gente. “Harry Potter é só no próximo ano.” A imensa fila era por causa de Crepúsculo. Os ingressos estavam esgotados para o horário de 16h30min (o horário planejado para assistir ao filme), havia apenas para o de 19h00min. Resolvemos esperar essas imensas quase 3 horas e assistir no horário de 19h00min. Enquanto isso, a fila imensa para entrar na sala de cinema fazia algazarra e alguns gritavam timidamente “Abre, abre”. Outros se encontravam sentados ao chão e jogavam ‘pedra-papel-tesoura’. Nunca tinha visto nada igual desde a estréia de Harry Potter e a Ordem da Fênix (foi mara). O que fazer nessas duas horas de espera? Um shopping “enorme”, superlotado, com gente se esbarrando nas outras (odeio tumulto – oh Ana Paula, mais uma coisa para sua lista das coisas que a Mariela diz que odeia), além de encontrar gente que você não espera ver. Comi, telefonei, conversei, telefonei de novo, bocejei muito, e quando deu 18h15min, fomos enfrentar a fila. Se esse filme não fosse bom, eu teria me revoltado, porque depois de tanto tempo e ainda uma fila daquelas... Apesar da longa espera, houve momentos de descontração (inadequado e ridículo confesso). Começou quando um rapaz chega para conversar com uma moça que estava a minha frente. Minutos depois eles resolvem tirar fotos... A expressão que este rapaz tinha no rosto, ou melhor, a pose dele, não era normal. Digo que aparentava certo tom feminino, além de sua voz “diferente”. Como eu não tenho nada a ver com a vida dos outros, pensei comigo: “Mariela, que besteira! Presta atenção, vai cuidar da tua vida!” Foi quando subitamente meu pensamento foi interrompido por risos eufóricos de um rapaz mais atrás na fila. Não agüentei, comecei a rir também, pois percebi que ele ria do ‘rapaz da foto’. Incontrolavelmente e ridiculamente ele ria e dizia besteiras como: “Se não for fresco, tá para um passo...”, “Não tem como não rir” e ainda “Nem se fosse meu irmão eu deixava de rir.” Espero que o ‘rapaz da foto’ não tenha percebido. Será? Além de toda essa besteira, deparei com um garoto de no máximo 10 anos que estava chorando porque High School Musical não estava mais em cartaz no cinema. Enfim o filme! Em meio a gritos e supiros (não meus é claro, mas de todos os outros), assisti ao filme. Sempre que o personagem Edward (Robert Pattinson, o Cedrico Diggory de Harry Potter) aparecia em uma cena, como a que simplesmente surge de óculos escuros (qual a vantagem?), gritavam como loucas. A maior duração de gritaria foi na cena em que Edward invade o quarto da ‘mocinha’ Bella (Kristen Stewart) e durante quase 10 segundos faz caras e bocas para beijá-la (gritos), e quando beija (mais 10 segundos)... GRITOS, ou seja, quase meio minuto de gritos (haja paciência!). A garota ao meu lado que no começo do filme concordou comigo que não iríamos conseguir ouvir o filme, com 10 minutos de filme mudou de idéia e juntou-se aos outros na algazarra. Ela gritava coisas como: “Como é lindo”, ou apenas dava longos suspiros sempre que aparecia o vampiro principal... (lembrei de uma amiga, não sei por quê...). O filme fora isso, foi muitíssimo bom. Não são vampiros chatos como os do filme Blade. Não sei se é fiel ao livro, mas como foi tão bom, o livro deve ser melhor, já que os filmes costumam ser um nível um pouco mais baixo que os livros (Harry Potter é assim). Dou destaque ao momento de 1h45min de duração de filme, em que há uma luta entre ‘vampiros maus’ e ‘vampiros péssimos’. Destaque também dou à atriz que interpretou Bella, ela tem a aparência de uma mistura de Blair (Gossip Girl) e Hermione Granger. Com efeitos especiais conhecidos, há cenas chocantes como a do vampiro principal carregando a ‘mocinha’ em suas costas e subindo uma árvore – Uhu! Ao fim do filme, esperei ver um dos dois principais morrerem... Nada. Mas baixei o livro e pretendo ler nestas férias tediosas, verei então se é bom.
